Primeiro tratamento com células tronco

        A ciência médica da humanidade deu um dos maiores de salto de sua história quando, no último dia 11, uma pessoa com lesões na medula espinhal se tornou o primeiro paciente a receber um tratamento a base de células-tronco embrionárias. Trata-se de um paciente de Atlanta (Geórgia, EUA), de nome, sexo e idade ainda não revelados, que havia ficado paraplégico após um acidente.
        Vamos evitar uma confusão comum. Este referido paciente será o primeiro a ser tratado com as células-tronco de embriões. Muitas pessoas já haviam sido tratadas com células-tronco originárias de tecidos adultos, como a própria medula óssea, desde 2005. Mas o uso de células de embriões é uma grande conquista.
        Uma das principais oposições às células tronco de embriões é justamente a forma como elas são obtidas. Para um procedimento destes, obviamente é necessário destruir um embrião humano, e os grupos anti-aborto mais estritos se posicionam contra essa postura. Os defensores, por sua vez, apontam que as células têm um enorme potencial para o tratamento de doenças e regeneração de tecidos, e o benefício supera de longe os efeitos negativos. Em 1995, uma grande briga judicial tomou conta dos Estados Unidos a respeito da legitimidade de se usar ou não embriões humanos em experiências científicas. No fim, venceu a legalização do procedimento, e embriões têm sido usados desde então.
        O paciente de Atlanta é parte de um projeto em grande parte experimental. Cirurgiões injetaram milhões de células embrionárias no local da lesão de sua coluna, através de uma agulha fina. Após isso, foi preciso esperar o crescimento das células que estimulam a formação do nervo e dos tecidos de revestimento. Ratos feridos, tratados com as células-tronco, recuperaram alguma mobilidade cerca de um mês após o tratamento. Com humanos, esse valor ainda é desconhecido.
        Obviamente que, devido a razões de segurança, o projeto das células-tronco não corre na velocidade que alguns gostariam. A esperança a longo prazo é que estas células embrionárias ajudem o paciente a superar a paralisia resultante da lesão, mas o objetivo primário do estudo é o tratamento é seguro. O último empecilho à execução do tratamento havia acontecido em agosto de 2009, quando a cirurgia foi barrada porque causava alguns cistos nos animais testados.Um ano depois, foi anunciada a superação definitiva deste problema. Agora, este projeto parece finalmente apto a ser aplicado em pessoas. Os resultados disso, a partir desse momento, serão uma novidade para a medicina.




Tratamento com células-tronco pode curar e fazer crescer músculos

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade do Colorado, diz que a perda de massa muscular associada à idade pode ser tratada com células-tronco – que são as células do corpo que podem se dividir e se tornar diferentes tipos de tecido.
Eles transplantaram células em ratos e os resultados mostraram que seus músculos mais que dobraram em tamanho, permanecendo dessa forma mesmo em idade avançada. Esse estudo pode ser uma promessa no tratamento de várias condições, não só da perda de massa muscular, como distrofia muscular e outras.
Eles acreditam que a terapia poderia ajudar “repovoando” com células as áreas de tecidos danificados por doenças ou lesões. Um problema comum em pessoas idosas, por exemplo, é a fraqueza muscular, associado a uma perda de massa muscular nos braços e pernas.
Isso levaria a uma queda rápida na qualidade de vida das pessoas, e em alguns casos, aumentar a necessidade de cuidado e apoio. Para isso, os cientistas criaram “danos” nos músculos de ratos jovens, logo depois injetaram células-tronco musculares de outro rato nos animais machucados. A lesão se curou rapidamente, o tamanho do músculo aumentou em média 170%, com um aumento de 50% em massa.
E o mais interessante é que esses ganhos não se evaporaram ao longo dos próximos meses, como esperado. O tamanho dos músculos se manteve constante conforme os ratos envelheceram. Os cientistas alertam que a lesão criada nos membros dos ratos parece ter sido significativa neste processo. Quando as células-tronco foram injetadas em músculo ileso, não houve crescimento.
Uma especialista britânica disse que um tratamento humano pode ser difícil. Segundo ele, há uma série de obstáculos que precisam ser resolvidos antes que a terapia possa ser considerada para os humanos, incluindo a necessidade de controlar a rejeição imunológica, já que o transplante de células vem de um doador.
Outra coisa que preocupou os cientistas é a necessidade de uma lesão a ser simulada antes do tratamento no ser humano. E, também, no caso de perda de massa muscular, os médicos teriam que decidir quais músculos tratar, pois o tratamento só afeta um único músculo. Também, os músculos dos ratos são bem menores do que os músculos humanos, então é preciso levar em conta a necessidade de tomar várias injeções de células-tronco.


Spray de células tronco regenera tecido danificado por queimaduras

        Médicos americanos relataram sucesso em testes de um projeto-piloto para uma solução em spray de células-tronco, que se espirrar diretamente sobre queimaduras.
        Os cientistas combinaram uma concentração de plaquetas sem células vermelhas do próprio paciente com cálcio e trombina. Disso, resultou uma solução que pode ser pulverizada sobre queimaduras.
         Nos testes realizados, o spray tem se mostrado eficaz no tratamento de pequenas queimaduras, e parece aumentar a probabilidade de poder colocar um enxerto de pele. Isso significa que a aplicação desta tecnologia pode ser possível a outros tipos de transplantes.
        A pesquisa se baseou em um método australiano semelhante, chamado ReCell e criado em dezembro do ano passado.
        O ReCell tem sido amplamente utilizado na Austrália, Europa e China e chamou a atenção por ser um tratamento rápido. Ele age por um processo muito parecido: dissolve as células basais e os queratinócitos a partir de uma amostra de biópsia, produzindo um spray de enzima.Ambos os métodos são promissores para o uso de tecnologias regenerativas no tratamento de queimaduras.

   

Células-tronco ajudam no tratamento de esclerose múltipla


        A Esclerose múltipla é causada por um defeito no sistema imunológico do corpo, e pode causar sintomas como visão borrada, paralisia e perda de equilíbrio. No início da doença, a maioria das causas do sistema são parcialmente reversíveis. Mas, depois de dez ou quinze anos sem tratamento, efeitos secundários começam a aparecer e os danos neurológicos  são irreversíveis.
        O tratamento começa com a retirada das células-tronco da medula óssea do paciente. Esse material é congelado enquanto drogas, que destroem as células danificadas pela Esclerose Múltipla, são administradas. Depois, as células-tronco são usadas para substituir as células destruídas do pelo sistema imunológico.

 
      Propaganda australiana sobre a esclerose múltipla. Várias partes do corpo da mulher estão com a legenda “Usar até”. O cartaz afirma: “Quando você tem EM você nunca sabe o que vai vencer primeiro”.

Estudo japonês pretende aumentar seios utilizando céluas-tronco

        A discussão sobre a ética de se utilizar células-tronco em tratamentos pode ser finalmente resolvida se uma nova técnica, de aproveitamento de células-tronco retiradas de tecidos de gordura através de lipoaspiração, tiver sucesso. E, se ela tiver sucesso, poderá substituir, logo de cara, os implantes de silicone.
        Experiências com órgãos não-vitais são mais seguras – é menos arriscado tentar “construir” seios maiores do que arrumar más-formações no coração em testes.
        As células tronco derivadas da gordura podem tratar uma enorme quantidade de falhas no organismo, aumentando a capacidade aeróbica em pessoas com doenças cardíacas, aumentando o fluxo de sangue e diminuindo a incontinência em homens que passaram por cirurgias de próstata. Em estudos envolvendo ratos, as células tronco regularam funções renais.
        Testes em mulheres que passaram pela remoção de seios, usada no tratamento contra câncer, se mostraram promissores. Em 2007, um cirurgião japonês iniciou os testes em humanas e os resultados mostraram que, por formar vasos sanguíneos, o tecido é bem-aceito e pode “fazer crescer” até 4 centímetros de tecido nos seios, com a aparência natural.
        Se a técnica continuar funcionando, logo várias mulheres irão oferecer suas gordurinhas localizadas em troca de seios maiores, substituindo os implantes de silicone por uma aparência ainda mais natural.








Fonte- http://www.popsci.com/science/article/2010-10/stem-cells-your-fat-could-rebuild-failing-organ

Células Tronco em tratamento da Diabetes

        Segundo estudo de cientistas em San Diego, células tronco podem um dia reduzir a necessidade de pessoas com diabetes tipo 1, tomarem injeções diárias de insulina.
        A técnica foi testada em centenas de ratos, e será futuramente utilizada em seres humanos. Em 2013, auxiliado por 26 milhões de dólares em doações e empréstimos do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia, os cientistas esperam iniciar testes em humanos a partir de células tronco embrionárias.
        O tratamento é voltado para pessoas com diabetes tipo 1, onde as células produtoras de insulina são deficientes. Essas pessoas dependem de injeções de insulina para regular o açúcar no sangue. Funciona, porém é inconveniente.         
        Células tronco embrionárias podem se transformar em qualquer outro tipo de célula. Diabetes tipo 1 é um alvo para os tratamentos com células-tronco, porque só um tipo de célula precisa ser substituído. A questão é mais complicada para as pessoas com diabetes tipo 2, porque eles produzem a insulina, mas seu corpo não responde à ela de forma adequada.
        Mas simplesmente soltar as células tronco em uma pessoa é muito incerto. As células podem se tornar do tipo errado. Muitos pesquisadores temem que células tronco podem formar tumores. Além disso, o sistema imunológico do receptor irá atacar novas células. Para contornar esses problemas, os pesquisadores desenvolveram uma fina membrana que permite a saída de açúcar e insulina. Mas as células não podem escapar, e células do sistema imunológico não podem entrar em atacá-los. Médicos poderão monitorar as células através de ultra-som e remover o dispositivo, se houver qualquer problema
        Outra tática é para acabar com o sistema imunológico da pessoa diabética e depois restaurá-lo com sangue de células-tronco que formam um novo sistema imunológico. O novo sistema imunológico não deve atacar as células como os antigos fizeram. Pesquisadores no Brasil têm relatado usar este tratamento, a título experimental em mais de 20 pessoas com diabetes. Muitos participantes viveram sem injeções de insulina por quase três anos antes de tomar insulina suplementar exigido novamente. Mas esses dados são preliminares, e destruir e reconstruir o sistema imunológico é um procedimento sério.
        Os pesquisadores também podem tentar forçar o pâncreas, através de células tronco, a produzir mais células produtoras de insulina, mas é muito cedo para saber se isso vai funcionar.





Células Tronco podem ser maléficas para doenças renais

        Um homem tailandês, com uma doença no rim, recebeu injeções de células-tronco, sofreu uma infecção nos tecidos do órgão por conta disso e acabou morrendo. Este caso é um abalo no modo como a ciência tem tratado as células-tronco, nos últimos anos. Elas vêm sendo consideradas um messias na medicina, uma descoberta que vai revolucionar o tratamento das doenças. De fato, o campo é promissor, porque as células-tronco podem se transformar em células de outros tecidos, e suprir necessidades para as quais ainda não havia solução até pouco tempo atrás. Mas cientistas canadenses investigaram este caso, no qual as células-tronco se mostraram danosas.
        Os rins do paciente que faleceu foram levados para análise para o Canadá, onde os cientistas buscaram avaliar porque, afinal, a injeção das células-tronco causaram aquela reação. O que houve foi que os tecidos reagiram às células de maneira indesejada: sofreram um dano, onde se criaram novos vasos sanguíneos, que se comprimiram e originaram uma lesão, que se agravou ao longo do tempo até que o homem faleceu.
        Assim, os cientistas recomendam mais cuidado na avaliação dos efeitos do uso de células-tronco. Eles desaconselham que os médicos recorram às células tronco sem antes ter testes comprovados de eficiência e experiências anteriores, para evitar que casos de morte se repitam.




Fonte - http://www.bbc.co.uk/news/10339138

Paraplégico movimenta pernas após transplante pioneiro na Bahia

        O transplante de célula tronco na medula óssea realizado no último dia 14 de abril, em Salvador, traz resultados que animam os médicos. Um policial militar de 47 anos, que não quis ser identificado, paraplégico depois de um acidente e passou os últimos nove anos numa cadeira de rodas. Após se submeter ao tratamento, ele voltou a movimentar as pernas.
        O policial não fazia nenhum movimento da cintura para baixo. Ele também teve melhora na musculatura que controla o fluxo de fezes e urina e não precisa mais de fraldas e outros equipamentos. A esperança de voltar a ter uma vida normal nunca foi tão grande.
        “Antes eu tinha um tronco que estava vivo e pernas que não respondiam. Agora eu percebo que elas estão vivas, pertencem a mim e depende de mim para que elas acordem”, destaca.
        Agora, o policial já consegue mover os joelhos para cima, uma façanha para quem tem a musculatura atrofiada pela falta de uso. Outra mostra impressionante da recuperação da força nas pernas está em um exercício, que ainda exige equilíbrio. Para a equipe de fisioterapia o mais surpreendente na recuperação do paciente é que ele está pedalando. 
        Para que o paciente fosse submetido a um transplante de células tronco, uma pesquisa foi feita durante cinco anos e, antes de ser usada em humanos, a técnica mostrou bons resultados em animais.
        No tratamento, os médicos usam células tronco mesenquimais, que têm grande capacidade de se transformar em vários tipos de tecido. Elas são retiradas do osso do quadril do próprio paciente e injetadas diretamente no local onde a coluna foi atingida. A técnica pioneira foi desenvolvida por cientistas da Fundação Osvaldo Cruz e do Hospital São Rafael, onde fica um dos mais modernos centros de terapia celular do país. Os pesquisadores estão espantados com a evolução rápida do paciente.
        "Basicamente em uma semana ele já começou a ter resultados clínicos, uma melhora na sensibilidade, uma melhora na postura sentada e este paciente vem evoluindo", observa Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião.
        Mas os médicos acham cedo para dizer se ele e as outras 19 pessoas com o mesmo problema que também irão receber células tronco vão voltar a andar normalmente Ricardo Ribeiro, coordenador do programa.
        "Esse paciente pode ter ainda outras melhoras e os outros podem ter melhoras maiores, ou iguais ou piores. Então, a gente tem que esperar".
        Por enquanto o policial é entusiasmado pelo primeiros resultado e faz planos. "Eu sempre gostei de praia, ir à praia, poder tomar um banho de mar sem que ninguém te carregue, né? poder ir a um estádio, que eu sempre gostei de futebol, poder jogar um futebol, ir a shopping, fazer o que eu sempre fazia", espera.
 

TV BioFabris - Pesquisadores criam dentes a partir de células-tronco.

        Os alunos da unifesp realizaram um grande avanço ao descobrirem como se obter uma terceira dentição com o uso de celulas tronco adultas. Isso é um grande avanço para a odontologia atual pois dispensa o uso de proteses e implantes, sem contar que não ahaverá rejeição pois as celulas tronco são retiradas do proprio dente do individuo. Confira abaixo o video com mais detalhes.


Células-tronco podem ser desenvolvidas para matar o HIV

        Pesquisadores do UCLA Aids Institute e colegas demonstraram pela primeira vez que as células-tronco do sangue humano podem ser criadas para alvejar e matar as células infectadas pelo vírus HIV, causador da Aids, processo que pode ser usado contra uma série de doenças virais crônicas.
        O estudo, publicado em 7 de dezembro no jornal online (revisado pelos pares) PLoS One, fornece uma prova de princípio, ou seja, uma demonstração de viabilidade, de que as células-tronco podem ser desenvolvidas para o equivalente a uma vacina genética. “Nós demonstramos no estudo dessa prova de princípio que esse tipo de abordagem pode ser usado para programar o sistema imunológico humano, particularmente a resposta dos linfócitos T, para especificamente visar as células infectadas pelo HIV”, disse o investigador-chefe Scott G. Kitchen, professor-assistente de Medicina na Divisão de Hematologia e Oncologia na Escola de Medicina David Geffen na UCLA e membro do UCLA Aids Institute. “Esses estudos estabelecem a base para o desenvolvimento futuro de novas terapias que envolvam a restauração de respostas danificadas ou defeituosas do sistema imunológico com respeito a uma variedade de vírus que causam doenças crônicas, ou mesmo diferentes tipos de tumor.”
        Examinando o citotóxico CD8 dos linfócitos T – o “matador” do sistema imunológico, que ajuda a combater as infecções – de um indivíduo infectado com o HIV, os pesquisadores identificaram a molécula conhecida como receptora de linfócitos T, que os guiam para reconhecer e matar as células infectadas. Essas células boas, mesmo que aptas a destruir as infectadas pelo HIV, não existem em quantidades suficientes para eliminar completamente o vírus do corpo. Então, os cientistas clonaram o receptor e geneticamente criaram células-tronco originárias do sangue humano, depois colocaram as células-tronco em um timo humano que tinha sido implantado em ratos, permitindo a eles estudar a reação em um organismo vivo.
        As células-tronco criadas se desenvolveram em uma grande população de células CD8, maduras e multifuncionais, específicas para o HIV, que poderiam visar especificamente células que contivessem proteínas do HIV. Os pesquisadores descobriram também que os receptores de linfócitos T específicos para o HIV devem ser adaptados ao indivíduo da mesma forma que um órgão deve ser compatível a um paciente de transplante.
        O próximo passo é testar essa estratégia em um modelo mais avançado para determinar se esse procedimento iria funcionar em um corpo humano, segundo o co-autor da pesquisa Jerome A. Zack, professor de Meidicina na Divisão de Hematologia e Oncologia da UCLA e diretor-adjunto do UCLA Aids Insitute. Os pesquisadores esperam também expandir a gama de vírus contra os quais essa abordagem possa ser utilizada.
        Mas os resultados do estudo já sugerem que essa estratégia pode ser uma arma efetiva na luta contra a Aids e outras doenças virais. “Essa abordagem pode ser usada para combater uma variedade de doenças virais crônicas”, disse Zack, que é também professor de Microbiologia, Imunologia e Genética Molecular. “É como uma vacina genética.”
        Além de Kitchen e Zack, fazem parte do grupo Michael Bennett, Zoran Galic, Joanne Kim, Qing Xu, Alan Young, Aléxis Lieberman, Hwee Ng e Otto Yang, todos da UCLA, e Aviva Joseph e Harris Goldstein, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, de Nova Iorque. O estudo foi financiado pelo California Institute for Regenerative Medicine (CIRM) e pelo UCLA Center for Aids Research.



Fonte: http://www.sciencedaily.com/releases/2009/12/091208132732.htm

Cegueira e surdez curadas com células-tronco

Como segundo post do blog iremos relatar um estudo que a  Universidade Nacional de Chonnam, na Coréia do Sul e Universidade de Medicina SUNY, nos EUA realizaram recentemente com células-tronco.
Uma equipe de cientistas reparou audição em porquinhos da índia usando células-tronco humanas retiradas da medula óssea e outro grupo conseguiu fazer nascer olhos funcionais em girinos usando células de sapos.
A cura da cegueira tornou-se realidade, ao menos para girinos. E a cura da surdez em porquinhos da índia também foi alcançada. Esses avanços não seriam possíveis sem as células tronco, anunciaram pesquisadores, em descobertas que poderão ajudar também os humanos. Uma equipe de cientistas reparou audição em porquinhos da índia usando células-tronco humanas retiradas da medula óssea e outro grupo conseguiu fazer nascer olhos funcionais em girinos usando células de sapos.
As descobertas ainda não foram aplicadas em humanos, porém, já demonstram o potencial da medicina regenerativa nos processos biológicos mais básicos no desenvolvimento da audição e da visão.
Segundo os pesquisadores estas descobertas mostram o grande potencial das células-tronco no tratamento de uma série de doenças, desde as fatais até as mais comuns, que afetam várias pessoas pelo mundo.
Células-tronco da medula óssea de humana foram utilizadas por pesquisadores da Universidade Nacional de Chonnam, na Coréia do Sul, com o objetivo de restaurar a audição em porquinhos da índia. Em laboratório, eles criaram tecido nervoso a partir das células-tronco. Em seguida as transplantaram para os ouvidos internos dos animais. Três meses depois os animais já tinham alguma audição.
O objetivo era regenerar minúsculos pêlos dentro dos ouvidos que são essenciais para a audição dos mamíferos. No entanto os cientistas não podem afirmar com certeza se a produção dos novos pêlos, que não se regeneram sozinhos, ocorreu por causa das células-tronco. A equipe quer realizar experimentos em humanos, pois a maioria dos problemas de audição são causados pela destruição destes pêlos por causa de sons altos, ataque auto-imune, medicamentos tóxicos, ou idade avançada.
Outro estudo da Universidade de Medicina SUNY, nos EUA, conseguiu fazer crescerem olhos funcionais em embriões de sapos usando células-tronco. A equipe conseguiu manipular sete fatores genéticos para diferenciar as células-tronco em olhos nos girinos, para que os animais pudessem enxergar.
Ainda não existe aplicação imediata para humanos, mas criar diferentes tipos de células é o objetivo da medicina regenerativa, segundo os pesquisadores. 

A fé cristã Vs. O estudo científico

        A questão ciência x religião, é uma polêmica longe de ter um fim, afinal, como apresentamos no texto anterior, existem conceitos, que levam a dividir a sociedade em solução e crime. 
        Para a Igreja Católica e uma parcela dos evangélicos, a vida está num embrião congelado, ainda que este nunca conheça um útero. Para Hermano Paes Viana, pai de Hebert Viana ''Os órgãos religiosos influenciam as decisões com base em equívocos tremendos. “Se as células congeladas são vidas, deveriam ser batizadas e enterradas, em vez de serem jogadas fora”. 
        Em fevereiro de 2001 Hebert Viana (cantor), sofreu um acidente de ultraleve, levando a ficar paraplégico, além de morte de sua mulher Lucy Needham. A partir daí houve uma mudança geral na família Viana que passou a assumir papeis inimagináveis cuidando do filho que apresenta falha de memória, dificuldades na articulação de palavras e não pode descuidar das sessões de fisioterapia, passou a ser a tarefa mais importante da vida de Hermano. Luca, Hope e Phoebe,seus filhos, passaram a ser criados pela mãe do cantor dona Maria Tereza. 
        O irmão Helder virou o anjo da guarda que escolta o músico a todos os lugares. 69 anos, o pai do cantor, também tomou para si a tarefa de batalhar publicamente pela liberação das pesquisas unindo assim ao Movimento em Prol da Vida (Movitae), a associação de pacientes fundada há alguns anos. Herbert firma-se no Brasil como o grande defensor da bandeira das células-tronco. ''Confio na inteligência, no compromisso social e na flexibilidade política de nossos representantes'', afirma. Ao emprestar sua popularidade à causa, Herbert renova as esperanças de milhares de pacientes sem vez nem voz. Contribui também para reduzir a desinformação que cerca o tema. 

''Perdi Lucy, a memória e o movimento. Espero que milhões de
brasileiros como eu recuperem a vida ativa. Células-tronco, já''
HERBERT VIANNA, líder dos Paralamas do Sucesso.

''Procuro nas células-tronco uma luz no fim do túnel para meu filho e para muitos outros brasileiros. Em vez de ir para o lixo, os embriões podem servir à pesquisa e renovar esperanças. Desde o acidente, todos na família deixaram seus afazeres para cuidar de Herbert. Apesar disso, a vida dele é muito solitária. A volta ao trabalho é um grande lenitivo para compensar a perda lamentável da esposa e dos movimentos. A cadeira dificulta a movimentação nos palcos, mas ele reage bem. Há poucos dias confessou que isso permite captar melhor a reação do público. ''


Hermano Paes Vianna- Pai de Hebert Vianna

  

        O material que interessa a ciência é o blastocisto, um aglomerado sem forma definida de cerca de 200 células, disponível cinco dias depois da fecundação. Mede meio milímetro.
Existem milhões de blastocistos estocados nas clínicas de fertilização, muitos terão como destino o lixo, se houvesse consentimento dos casais, eles poderiam ser utilizados como fins de pesquisa. Nesse estágio de desenvolvimento (cinco dias), o embrião ainda estaria longe de ser uma vida, mesmo se estivesse dentro de um corpo feminino. Nessa fase, uma pequena parcela desses aglomerados chega a se fixar na parede do útero e se desenvolver a ponto de se transformar num feto. A maioria é eliminada na menstruação, sem que ninguém perceba.              Uma mulher jovem que não toma anticoncepcionais tem em média um óvulo fecundado a cada três relações sexuais. Mas pode esperar anos até que um desses óvulos gere uma gravidez - como bem sabem os casais que se submetem a tratamentos de fertilidade.   


Questão de fé

        Para os judeus a vida só começa quando o embrião se agarra ao útero. Entre os evangélicos, há duas correntes principais: uma apóia as pesquisas com embriões porque considera que a vida só começa a partir da formação do sistema nervoso, cerca de duas semanas após a concepção. Outra defende a preservação do embrião desde o encontro do espermatozóide com o óvulo, posição idêntica à da Igreja Católica.
        Convicções religiosas fazem sentido apenas para quem acredita nelas. É evidente que os fiéis não devem ser obrigados a usufruir terapias criadas a partir de células embrionárias, o que representaria uma brutal violação de seus valores (por essa mesma razão Testemunhas de Jeová se recusam a receber transfusões de sangue). Mas, por outro lado, também não é justo que queiram impor crenças e obstruir pesquisas em um Estado laico. Ao seguir a lógica de que curar cabe apenas a Deus, a Igreja se opôs, ao longo da História, a vários avanços da Medicina. Foi contra as pesquisas com cadáveres, os transplantes de órgãos e a fertilização in vitro. Como a sociedade não aceitou essas proibições, a Igreja foi ''se esquecendo'' delas, e hoje mesmo os membros do clero se beneficiam dos recursos da Ciência. Resta saber quanto tempo isso vai demorar em relação às células-tronco.

Christopher Reeve - O eterno Super Homem.
        O ator Christopher Reeve, que morreu nove anos depois de ficar tetraplégico em um acidente quando andava a cavalo, trabalhou incansavelmente para promover avanços na medicina, especialmente na polêmica área de pesquisa com células-tronco, que virou tema de campanha eleitoral este ano nos Estados Unidos.
        Reeve apoiava o uso da tecnologia da clonagem para criar células-tronco e o uso de embriões congelados que seriam descartados por clínicas de fertilização.



E você, o que pensa sobre tudo isso?


  

Odontologia - FAINOR


Felipe Magalhães, Antonio Carlos, Amanda Cardoso e Livia Teixeira.